"Eu temo o dia em que a tecnologia vai ultrapassar a interatividade humana. O mundo terá uma geração de idiotas" (Albert Einstein)”
Com essa celebre frase do grande físico alemão Abert Einstein que inicio essa minha reflexão, o dia profetizado pelo mesmo chegou, não falo “zumbi” iguais aqueles do seriado americano “The Walking Dead”, mas zumbis tecnológicos, pessoas que não conseguem se desconectar do mundo virtual para nada, com a “explosão” das tecnologias especialmente smartphones, tabllets, ultrabooks e etc...que dão a facilidade de usa-los em qualquer lugar e conectar-se ao mundo virtual, além do nascimento de redes sociais e jogos que desafiam o ser humano e o conecta com um mundo “na palma de sua mão”.
Algumas semanas atrás dia 03/08/2016 (por conta das olimpíadas) pra ser mais preciso, foi lançado no Brasil um game por nome de “POKÉMON GO” um jogo de realidade aumentada que virou febre entre uma boa parte dos brasileiros, ultrapassando os números de usuários ativos diários em dispositivos Android, de monstros das redes sociais e canais de TVs online, tais quais Twitter, Facebook e Netflix. Os usuários não se perguntam é se esse aplicativo que requer o uso agressivo de informações de seus usuários é seguro? Ou qual o real objetivo?
O fato é que o Pokémon Go, da Niantic Labs, é gerenciado por John Hanke o homem responsável pela equipe que dirigiu, literalmente, o maior escândalo de privacidade na Internet, em que os carros do Google, no percurso realizado para fotografar ruas para o recurso “Street View” dos mapas online da empresa, copiou secretamente os tráficos de internet de redes domésticas, coletando senhas, mensagens de e-mail, prontuários médicos, informações financeiras, além de arquivos de áudio e vídeo. Hanke chegou ao Google após deixar sua empresa, Keyhole, extremamente popular (e admissivelmente, muito interessante). Fundada pela CIA, coletava imagens geográficas, foi adquirida em 2004 e relançada em 2005, com o nome de Google Earth. Em 2007, Hanke já administrava praticamente tudo o que envolvia um mapa no Google. Em 2007, um perfil na Wired, (“Google Maps Is Changing the Way We See the World” – Google está mudando a forma como enxergamos o mundo), Hanke foi elevado ao status de pioneiro (“Liderados por John Hanke, Google Earth e Google Maps estão levando ferramentas de cartografia às massas”) e endeusado, sendo exibido em uma foto com um enorme globo sobre seus ombros, dar pra ficar com uma pulguinha ou um “carrapato atrás da orelha?”.
Voltemos ao jogo, o "Pokémon Go" usa dados do Google Maps para espalhar monstrinhos, PokéStops e ginásios pelas ruas da sua cidade. A ideia é que você ande por aí para encontrá-los e capturá-los. E para isso, basta arrastar a pokébola que aparece na parte de baixo da tela na direção do pokémon. Algumas criaturinhas são mais difíceis de pegar. Mas conforme os treinadores jogam, novas pokébolas mais eficazes também ficam disponíveis. Um dos grandes problemas do jogo é que requer muita atenção de seus jogadores, que sem prestar quase atenção nos perigos que permeiam as ruas e o transito das grandes metrópoles, vários incidentes e acidentes foram registrados em vários países do mundo e até mesmo no Brasil que em poucas semanas já registraram um grande numero principalmente de roubo a celulares de jogadores distraídos. Além do mais vale a reflexão de onde essa geração que se afasta do mundo real e busca satisfação no mundo virtual onde fingem ser ou realizar prazeres temporários que ao seu termino deixam-nos mais vazio do que antes, chegamos ao tempo em que Albert Ainstein tanto temia quando disse: "Eu temo o dia em que a tecnologia vai ultrapassar a interatividade humana. O mundo terá uma geração de idiotas" gosto de pensar que quando o físico pronunciou “idiota” quis dizer no conceito original de idiota, pois a expressão idiótes, em grego, significava aquele que só vive a vida privada, que recusa a política (a vida social), que diz não à política. Em outros termos, os gregos antigos chamavam de idiota a pessoa que achava que a regra da vida é "cada um por si e Deus por todos" é esse o panorama que vemos hoje pessoas, ou melhor, “zumbis” presos em seu mundo virtual, se esquecendo do mundo real e almejado ter o que na prática não busca e provavelmente a frustração virá quando perceber que por causa dessa vida de “zumbi tecnológico” não viveu o presente nem muito menos construiu um futuro onde os alicerces dessem conta de suportar o peso dos seus sonhos.
Recomendo assim como Dostoievski em seus livros aprendermos a “observar o belo” (a vida em sua totalidade). Devemos viver o hoje e planejar o amanhã, sem nos esquecermos de que a vida real é mais desafiadora e estratégica do que qualquer jogo que o homem possa vir a criar, e que as pessoas são mais instigantes e importantes que qualquer objeto, por isso procure valorizar o tempo com as pessoas que te cercam, pois irremediavelmente somos todos perecíveis e com prazo de validade estipulado pelo acaso.
Por: Josias Andrade
Licenciando em história e cofundador do Movimento Cultural Panelense
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