MORREU EM C. 660 A.C.
TIRANO DE ATENAS
Foi Aristóteles quem chamou Fédon
de tirano – o primeiro da Grécia. Na
verdade, a palavra “tirano” parece ter
sido introduzida na língua grega especialmente para ele. Rei hereditário de Argos,
Fédon organizou um exército de infantaria concentrada, algo jamais visto na
Europa, apenas na Ásia, o que levou as batalhas a um novo patamar de violência.
Em 669 a.C.,
ele derrotou os lacedemônios em Hísias, o que o pôs em conflito com os espartanos,
que se consideravam os tradicionais exterminadores de tiranos. Fédon os
derrotou e em seguida tomou Atenas. Na ocasião a cidade de Egina, que havia
desenvolvido sua força naval, estava em guerra com Atenas, o tradicional poder
naval no Egeu.
Fédon havia se
aliado a Egina, mas, quando Atenas caiu, ele conquistou
também Egina. Conta-se que ele realizou
ali a primeira cunhagem de moedas de prata. Introduziu também um sistema-padrão
de pesos e medidas, as chamadas medidas fedonianas, o qual rapidamente se
espalhou através do Peloponeso.
Em 668 a.C.,
ele interveio em Olímpia, tomando o templo de Zeus, em apoio aos habitantes de
Pisa em seus esforços para retirar da cidade de Élis o controle dos Jogos.
Tentou anexar Corinto também, o que o colocou mais uma vez em conflito com
Esparta. Sícion, Samos e Mitetus também parecem ter caído em suas mãos.
Aristóteles
descreveu Fédon como um tirano porque, para se manter no poder, ele dependia
mais da força militar do que do consentimento. O poder estava concentrado nas
mãos de um só homem, e não dividido entre a aristocracia. Fédon parece ter sido
morto na guerra civil em Corinto, que deu o governo ao primeiro tirano daquela
cidade-estado. Outros tiranos logo tomaram o poder em Epidauro, Mégara e
Sícion.
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